sábado, 30 de julho de 2011

UMA FÁBULA SOBRE AVALIAÇAO

Era uma vez... uma rainha que vivia em um grande castelo. Ela tinha uma varinha mágica que fazia as pessoas bonitas ou feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, ela também tinha um espelho mágico. Um dia, querendo avaliar sua beleza, também ela perguntou ao espelho:



_ Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita que eu?



O espelho olhoubem para ela e respondeu



_ Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão simples. Hoje em dia para responder à sua pergunta eu preciso de alguns elementos mais claros.



Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:



_ Como assim?



_ Veja bem - respondeu o espelho - Em primeio lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez esta pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha resposta. Pretende apenas levantar dados sobre seu ibope no castelo? Pretende examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas? Ou sua avaliaçao visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério externo? É uma avaliação considerando a norma ou critérios predeterminados? De toda forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos resultados.



E continuou o espelho:



_ Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me defina com que bases devo fazer esta avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto? Quem devo consultar para fazer esta análise? Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta; por outro lado, se utilizar parâmetros nacionais, poderei ter outra respost. Entre a turma da copa ou mesmo entre os anões, a Branca de Neve ganha estourado. Mas, se perguntar a seus conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro lugar. Depois, ainda tem o seguinte - continuou o espelho - Como vou fazer prova para verificar o grau desta beleza? Utilizo a observação?



Finalmente concluiu o espelho:



_ Será que estou sendo justo? Tantos são os pontos a considerar...






(Adaptação de Michael Quinn Patton, traduzida pela Prof Clarisa Souza)

13 comentários:

  1. Grupo: Ariane, Karine, Everaldo, Gabriel, Sergio.

    1- No contexto das práticas educativas podemos refletir de acordo com a fábula que um professor para avaliar deve definir vários parâmetros, conforme fala o espelho no texto, onde ele instiga no sentido de que o professor deve se questionar quando for avaliar se realmente está fazendo a avaliação da forma correta, encontrando métodos para contribuir, dar significados e ações.
    2- Nos dias atuais escola, sujeito e sociedade tem uma concepção de instrumento classificatório, do nosso ponto de vista isso não contribui para o processo, as transformações são difíceis de resolver, o sujeito é visto como objeto.
    3- Como profissional da educação o professor deve buscar re-significar o processo de avaliação objetivando sempre fazer uso das melhores práticas.
    4- Através de levantamentos que apurem e tabulem os resultados obtidos, serão verificadas as boas práticas e mantidas, enquanto as que não surtirem o efeito desejado serão descontinuadas e substituídas por novas alternativas a serem pesquisadas e refletidas pelo grupo social no qual a instituição estiver inserida e interagindo.
    5- Os sujeitos são todos os indivíduos que estão ligados direta ou indiretamente no processo de ensino-aprendizagem e que fazem parte do meio em que o aluno está inserido, objetos são todas as ferramentas das quais os sujeitos lançam mão com o objetivo de realizar a avaliação.

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  2. Grupo: Adriano, André, Lucélia, Marcelo

    1 – A maioria dos professores não recebe as respostas esperadas por que não fazem os questionamentos corretos, fazem perguntas generalizadas esperando respostas específicas, ou pior ainda não analisam o aluno como deveriam.

    2 – Atualmente, a avaliação massifica os alunos, através de um processo excludente, onde a maioria dos professores deixa de considerar as individualidades e limitações dos alunos, e assim sendo não avalia o aluno como um todo. A sociedade raramente se envolve nos processos educacionais, é raro algum pai que acompanhe plenamente o seu filho nos seus momentos pedagógicos, a sociedade como um todo, é ainda muito menos participativa. A visão da equipe, é que esse processo deveria ser diferente, todos deveriam ser participativos, conscientes de seu papel nesse processo, caminhando assim para um futuro melhor na vida em sociedade, e esses atores com consciência dos objetivos da escola. Isso concorda com Thurler, que diz “(...) a eficácia da escola resulta de um processo de construção pelos autores envolvidos, de uma representação dos objetivos e dos efeitos de sua ação comum (...)”

    3 – Motivar e incentivar os alunos para que desperte em si o interesse em buscar conhecimento, o professor deve ter consciência da utilidade da avaliação, fazendo avaliação mediadora.

    4 – Se as avaliações fossem baseadas em conceitos, e não em números, a escola como um todo conseguiria entender mais perfeitamente como é o aluno, e não apenas como um número que muitas vezes não condiz com a realidade, além disso, com os conceitos, a escola e outros professores poderão saber o que o aluno conhecia previamente e suas dificuldades.

    5 – Os alunos, bem como os professores, direção, enfim a instituição como um todo, verificar se cada processo está atingindo seus objetivos, e então, a partir dessa análise corrigir os pontos falhos e reforçar os pontos positivos.

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  3. Grupo: Kelly, Leonardo, Tatiani.

    Devemos possuir vários critérios de avaliação, pois as pessoas têm idéias diferentes sobre estes critérios a serem autorizados e também devemos priorizar a mediadora.
    Pois, a avaliação padrão se torna um vício porque somente é avaliado através de provas, trabalhos deixando assim a participação e o comportamento como complemento de sua nota.
    Na fábula exposta o professor representa o espelho, pois ele necessita utilizar vários critérios de avaliação para que consiga chegar a uma avaliação mais justa sobre o aluno.
    E também é colocada na fábula que o objeto de avaliação é a rainha que seria o aluno, já o sujeito avaliador é o espelho (professor), mas o mesmo utiliza métodos de avaliação que seriam moradores do castelo, parâmetros nacionais, entre outros.
    Como professores poderíamos utilizar a avaliação somente como forma de verificação de aprendizagem, mas sim como meio de observar se a prática pedagógica do professor gerou pontos positivos no momento da aprendizagem do aluno.

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  4. Rodrigo Gonzalez, Rafael Brandt e Maristela Perego1 de agosto de 2011 às 07:40

    O espelho não conseguiu definir qual seriam os objetos para o cálculo da beleza da Rainha. Se for uma avaliação quantitativa por si, ou se deveria comparar ela a alguém, e definir o grau de compatibilidade, ou qual seria a função, ou seja, se fosse uma analise de beleza para o miss universo por exemplo teria que ser analisado quesitos totalmente diferentes da definição de beleza aplicada as dançarinas de funk por exemplo por terem um corpo muito mais desenvolvido que as misses.
    Utilizar avaliação mediadora para avaliar alunos com necessidades especiais, não se pode avaliar a todos da mesma forma, cada individuo tem os seus padrões de desenvolvimento.

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  5. Grupo:Evandro J. Muneron, Rosenilda Pauluk,Andréia F H da Cruz, Diames Souza Borges

    1. Entendemos a avaliação de forma ampla e complexa. Devemos avaliar o aluno por diversos pontos de vista, sempre observando o contexto no qual ele está inserido. Não podemos apenas atribuir nota sem sentido, sem que esta avaliação sirva para melhorar algo na vida do aluno. A avaliação precisa ser construtiva e ajudar no desenvolvimento e crescimento pessoal e intelectual do aluno, melhorar prática de ensino.

    2. As práticas avaliativas atuais são realizadas de forma quantitativa, o professor tem que cumprir o conteúdo previsto para o ano, ele então se preocupa em cumprir ente conteúdo e muitas vezes não se importa com a qualidade do que está ensinando aos seus alunos. Acreditamos que a avaliação como mediação é a melhor forma de avaliar, pois ajuda o aluno a crescer, avaliando permanentemente o professor pode perceber as dificuldades dos alunos para poder ajudá-lo. Para Jussara Hoffmann (P. 79):“O compromisso do avaliador passa a ser o de mobilizar o aluno a buscar novos conhecimentos, o de ajustar as experiências educativas as necessidades e interesses percebidos ao longo do processo, e de provocá-lo a refletir sobre as idéias em construção para que seja cada vez mais autônomo em suas buscas”.

    3. Assume o lugar de mediador que ajuda o aluno no processo de ensino-aprendizagem.

    4. Por em prática, não deixar apenas no papel, estar aberto a novas sugestões, reciclar, instigar os envolvidos a novas práticas, a aceitação do novo.

    5. Sujeitos: alunos, corpo docente, equipe técnica e pedagógica e gestores.
    Objetos: instituição, as produções feitas pelos alunos.
    Quem: Toda a comunidade escolar.
    Avaliar: práticas pedagógicas da instituição.

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  6. Na fábula, entende-se a escola como o castelo e a avaliação como a varinha mágica utilizada pela rainha. Com a varinha mágica (avaliação) a rainha (posição que muitos professores se colocam quando estão avaliando) podia tornar as pessoas (alunos) vitoriosos ou fracassados, alegres ou tristes. Fazendo um comparativo à nossa realidade escolar, é isto que muitos professores com seus métodos de avaliação ultrapassados e ineficientes, provocam nos alunos: rotulam os mesmos sem utilizar uma forma correta de avaliação.
    Pode-se analisar a rainha como avaliadora ou não.
    Se considerarmos a rainha como avaliadora, a que elabora as questões, ela foi desastrosamente ineficiente, pois, fez uma pergunta solta num contexto muito amplo.
    Se considerarmos o espelho como o avaliador, ele procede da forma correta. Antes de responder afirmativa ou negativamente, ele analisa, pondera, compara.
    A avaliação não é um processo simples, que considera apenas opinião do avaliador. Atribuir uma nota, mensurar o desempenho ou conhecimento do aluno sem sempre é simples ou se procede da forma mais justa.
    Faz-se necessário o avaliador planejar e esclarecer no início do processo como será realizada a avaliação, que critérios serão analisados, quando e como.
    Como faz o espelho ao final da fábula, o avaliador deve sempre se auto-avaliar durante o processo e verificar se está sendo justo na atribuição das notas.
    Conforme Paulo Freire afirma, é necessário que os professores estejam conscientes de que a avaliação é um meio de observar se a prática pedagógica do professor está surtindo efeitos positivos ou se é necessário mudar a metodologia.

    Sirlei Favarin Vanderlinde

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  7. Aonde se encontra na fabula a avaliação informal;formal;formativa,meritocrática;diagnóstica;institucional;interna;externa;participativa?

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    1. Não entendi sua pergunta, como posso lhe ajudar?

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    2. Quais funções de avaliação vc consegue indentificar na fábula ?

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    3. Desculpa não poder ajudar, já faz tanto tempo que fiz esse curso de complementação pedagógica, responde você aí, quais as funções que consegue identificar e eu ajudo complementando com o que conseguir!

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  8. A partir da leitura do texto identifique na fábula sobre avaliação trecho que se trata dos critérios de

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  10. Por que hoje em dia, (isso de uns anos para cá) foge tanto de avaliações, resultados, e o ninguém é melhor que ninguém é tão lançado aos quatro ventos ? quando se, reconhecer que não é tão bom quanto alguém, nos traz a possibilidade de tentar chegar lá?
    vou para o campo do desporto, eu sei que, nunca serei melhor que CR7, porem, posso almejar a chegar perto, treinar, ser reconhecido por quem convive comigo e isso me bastará,.
    Quantas vezes, já vimos crianças brincando nas ruas falando, ah eu sou Neymar, eu sou o Messi, e onde esta o erro nisso? Reconhecer que, não cheguem no nível deles, mas almejar chegar já é um ponto muito melhor do que pensar, ninguem é melhor que ninguem.
    Acrescento que, vale o professor saber avaliar sim, aluno nota 10, e entender como/porque este é desta maneira, e o aluno nota 4, e fazer uma mescla para que se equiparem ou o aluno nota 10 permaneça no seu posto, e o aluno nota 4 se torne um aluno nota 8, o que significa que ele melhorou o dobro. e sim, avaliações devem sim, Reprovar,

    selecionar, classificar e filtrar indivíduos.
    Afinal, o professor, muitas vezes, é o primeiro profissional que os alunos vão conhecer.

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